top of page

Globalização e identidades culturais

Ementa:

O que a globalização do capitalismo está fazendo com a vida social, os cidadãos, o sistema mundial e os Estados nacionais? Há alguma relação a ser privilegiada entre esse processo e as identidades culturais? Como trabalhar com “identidade” e com “cultura” – que privilegiam a continuidade – num momento em que a vida parece se reconfigurar de modo incessante e com grande rapidez? Um dos tópicos dessa discussão privilegia a globalização: o que é, como se organiza, que efeitos tem sobre o capitalismo, a sociedade, os grupos e os indivíduos. Parte importante da literatura especializada sugere com ênfase que a globalização econômica reconfigurou elementos decisivos do Estado moderno, especialmente no que diz respeito a sua funcionalidade, a sua estrutura e ao seu raio de alcance, graças a mudanças ocorridas no plano da soberania e da territorialidade. Muitos espaços e atores “transnacionais” condicionam hoje as operações estatais. Os Estados não são mais os únicos sujeitos a determinar as leis e o direito internacional. As grandes cidades do mundo capitalista converteram-se em cidades globais e em boa medida funcionam como plataformas desnacionalizadas para o capital global e também para a agregação de pessoas (imigrantes ou não) que, deslocadas das referências nacionais ou de classes, buscam recompor suas identidades. O enfoque da globalização remete a outro, que privilegia o processo de modernização entendido como disseminação e fixação da sociedade moderna, com suas instituições, seu modo de vida e de pensamento, sua cultura. Pode-se dizer que a modernidade evolui e dialoga consigo mesma, reajustando-se ao longo desse movimento. Radicaliza-se, adquire novos elementos e novas formas. Que modernidade temos hoje diante dos olhos, e na qual vivemos? Podemos nos pôr o problema de saber se a globalização capitalista e a modernidade radicalizada sufocam tradições culturais e identidades nacionais ou incentivam a reinvenção radical de todas elas. Se se admite que esse processo tem, como traço peculiar, a promoção de um “enfraquecimento” do Estado-nação que tipificou o capitalismo moderno, como se poderia imaginar a reprodução das identidades nacionais e a sua proteção? Em condições de modernidade radicalizada – isto é, tardia, complexa, desterritorializada, reflexiva – como ficam as relações entre o Estado e as nacionalidades e que papel passam a ter as sociedades civis na configuração das experiências sociais concretas, seja em nível “nacional”, seja em nível “mundial”? As mesmas perguntas podem e devem ser remetidas a todo o vasto campo das identidades, incluindo as que se alojam no nível propriamente individual. O curso pretende explorar a hipótese de que, nas condições mencionadas, as identidades ficam ao mesmo tempo exacerbadas e com dificuldades de afirmação. O “fundamentalismo” expressa uma importante faceta desse processo, assim como toda uma ampla gama de movimentos de postulação de direitos e de defesa da integridade étnica ou religiosa. As identidades, na verdade, mostram-se de modo multifacetado tanto em seu conteúdo quanto em sua “forma”. Para usar uma sugestiva tipologia de Castells, elas aparecem como identidades legitimadoras, que reiteram as instituições predominantes, identidades de resistência, que expressam postulações de atores “subalternos” preocupados em se proteger, e identidades de projeto, que se estruturam tendo em vista o anúncio de formas novas de vida e de relacionamento. Tais padrões não se põem em condições de igualdade ou de equilíbrio: são desiguais em termos de potência e de possibilidade, e estão historicamente determinados. Pode-se, porém, sustentar que hoje, instigadas pela sociabilidade contemporânea, por sua dinâmica individualizante e reflexiva tanto quanto por sua efervescência desigual e competitiva, as identidades tendem a se manifestar sobretudo como “resistência”, sem conseguir se traduzir como “projeto”. Algo semelhante passa-se com os Estados e os sistemas políticos: eles persistem como principal arena da política, mas a cada dia parecem ter menos capacidade de controlar as fontes que geram as mudanças e os problemas sociais. Parafraseando Habermas, o curso pretende, dentro de seus limites, “fazer a tentativa de tirar do caminho certos bloqueios mentais que ainda persistem a respeito de uma transnacionalização da democracia”, discutir em que medida o mundo avança em direção a “um objetivo mais abrangente, a saber, a construção de capacidades de ação política para além dos Estados nacionais”. O cenário que se nos impõe indica que “a implosão das ilusões neoliberais promoveu a concepção segundo a qual os mercados financeiros, principalmente os sistemas funcionais que perpassam as fronteiras nacionais, criam situações problemáticas na sociedade mundial que os Estados individuais – ou as coalizões de Estados – não conseguem mais dominar. A politica como tal, a política no singular, é desafiada em certa medida por tal necessidade de regulamentação - a comunidade internacional dos Estados tem de progredir para uma comunidade cosmopolita de Estados e dos cidadãos do mundo.” [Habermas, Sobre a constituição da Europa. São Paulo, Editora Unesp, 2012, Prefácio].

Bibliografia:

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Zahar, 2003. ------. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. BECK, U. Liberdade ou capitalismo? São Paulo, Editora UNESP, 2003. --------. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo, Editora 34, 2010.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra, 1999. --------. Comunicación y poder. Madrid, Alianza Editorial, 2009. Cap. 1 e 4. GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo, Editora UNESP, 1991. --------. Mundo em descontrole. 6ª ed. Rio de Janeiro, Record, 2007.

HABERMAS, J. A constelação pós-nacional e o futuro da democracia. In Idem, A constelação pós-nacional. Ensaios políticos. São Paulo, Littera Mundi, 2001, p. 75-142. ---------. Sobre a constituição da Europa. São Paulo, Editora UNESP, 2012.

HONNETH. Organized Self-Realization. Some Paradoxes of Individualization. European Journal of Social Theory 7(4), 2004: 463–478.

NOGUEIRA, M.A. Modernidade e pós-modernidade: em busca do sentido da vida atual. Emancipação, 12 (1): 9-19, 2012. -------. Bem mais que pós-moderno: poder, sociedade civil e democracia na modernidade periférica radicalizada. Ciências Sociais Unisinos, 43(1):46-56, janeiro/abril 2007. -------. Soberania compartilhada, constelação pós-nacional, democracia em transformação. In http://neai-unesp.org/democracia-em-transformacao-soberania-compartilhada-sistema-internacional-1/

ROSA, H. Accélération. Une critique sociale du temps. Paris, La Découverte, 2013.

SENNETT, R. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro, Record, 2006. WALLERSTEIN, I. Globalization or the Age of Transition? A Long-Term View of the Trajectory of the World-System. International Sociology, June 2000, 15: 249-265.

TOURAINE, A. Após a crise. A decomposição da vida social e o surgimento de atores não sociais. Petrópolis: Vozes, 2011.

ANDERSON, B. Comunidades imaginadas. Reflexiones sobre el origen y la difusión del nacionalismo. México: Fondo de Cultura Económica, 1993. APPADURAI, A. Dislocación y diferencia en la economía cultural global. In Idem, La modernidad desbordada. Dimensiones culturales de la globalización. Buenos Aires: FCE, 2001, Cap. 2, pp. 41-61.

BARBER, B. Cultura McWorld. In Dênis de Moraes (Org.). Por uma outra comunicação. Mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 41-56.

BAUMAN. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

BECK, U. Generaciones globales en la sociedad de riesgo mundial. Revista CIDOB d’Afers Internacionals. Barcelona, nº 82-83, set 2008, p. 19-34. BENHABIB, S. Las reivindicaciones de la cultura. Igualdad y diversidad en la era global. Buenos Aires, Katz, 2006.

CASTELLS, O poder da identidade. São Paulo, Paz e Terra, 1999. Cap. 1, p. 21-92.

EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo, Editora Unesp, 2005.

FRASER, N. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça numa era “pós-socialista”. Cadernos de campo, São Paulo, n. 14/15, p. 1-382, 2006.

GELLNER, E. Naciones y nacionalismo. Madrid, Alianza Editorial, 2001. GIDDENS, Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. GUTMANN, A. Identity in Democracy. Princeton University Press, 2003.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2001. -------. ¿Quién necesita «identidad»? In Stuart Hall & Paul du Gay. Cuestiones de identidad cultural. Buenos Aires: Amorrortu, 2003, p. 13-39.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Ed. 34, 2003. -------. El reconocimiento como ideología. Isegoría, nº 35, julio-diciembre, 2006, p. 129-150.

HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial. Rio de Janeiro, Objetiva, 1996.

KEELEY, B. Les migrations internationales. Le visage humain de la mondialisation. OCDE, 2009.

LACLAU, E. Universalismo, particularismo e a questão da identidade. Novos Rumos, nº 21, 1993.

LIPOVETSKY. G. & SERROY, J. A Cultura-mundo. Resposta a uma sociedade desorientada. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Introdução e Cap. 1.

MATTOS, P. A Sociologia política do reconhecimento: As contribuições de Charles Taylor, Axel Honneth e Nancy Fraser. São Paulo: Annablumme, 2006.

MORIN, E. Uma mundialização plural. In Dênis de Moraes (Org.). Por uma outra comunicação. Mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 349-366.

SAID, E. W. Orientalismo. O Oriente Como Invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, Introdução e cap. 1.

SEN, A. Identidade e violência. A ilusão do destino. São Paulo: Iluminuras, 2015.

SMITH, Anthony D. La Identidad Nacional. Madri: Trama, 1997, Cap. 1 e 2. ------. Para uma cultura global? In Featherstone, M. Cultura global, cit., p. 183- 205.

TOURAINE, A. Podremos vivir juntos? Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1997. Cap. V, “La sociedad multicultural”, p. 165-204. WALLERSTEIN, I. A cultura como campo de batalha ideológico do sistema mundial moderno. In Featherstone, M. Cultural global, cit., p. 41-67. WIEVIORKA, M. Em que mundo viveremos? São Paulo: Perspectivas, 2006, cap. 8 e 9, p. 139-164.

WOOD, E. M. Sociedad civil y la política de identidad. In Idem, Democracia contra capitalismo. México: Siglo XXI, 1995, cap. 8.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ANDERSON, M. R. Community identity and political behavior. Nova Iorque, Palgrave MacMillan, 2010.

ARCHIBUGI, D. A Critical Analysis of the Sel-determination of Peoples: A Cosmopolitan Perspective. Constellations, vol. 10, nº 4, 2003, p. 488-505. BALAKRISHNAN (Org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro, Contraponto, 2000.

BARRY, B. Culture and equality. An egalitarian critique of multiculturalism. Harvard University Press, 2002.

BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

BECK, U. Lo Sguardo Cosmopolita. Roma, Carocci, 2005. ------. Democracia global. La política más allá del Estado Nación. Metapolítica, 5, n.18, 2001, p. 66-71. ------. Pouvoir et contre-pouvoir à l’heure de la mondialisation. Paris, Flammarion, 2003.

BECK, U. & BECK-GERNSHEIM. E. La individualización. El iindividualismo institucionalizado y sus consecuencias sociales y políticas. Madrid, Paidós Ibérica, 2003.

BELL Daniel A.; Avner de-Shalit. The spirit of cities: why the identity of a city matters in a global age. Princeton University Press, 2011.

BENHABIB, S. Los derechos de los otros. Barcelona, Gedisa, 2004.

BILBENY, N. La identidad cosmopolita: los limites del patriotismo en la era global. Buenos Aires, Kairos, 2007.

BOLTANSKI & CHIAPELLO, The New Spirit of Capitalism. International Journal of Politics, Culture, and Society. June 2005, Volume 18, Issue 3-4, pp 161-188.

BROWN, W. Regulating aversion. Tolerance in the age of identity and empire. N. J.: Princeton University Press, 2008. -------. Walled States, Waning Sovereignty. New York, Zone Books, 2010.

CALHOUN, C. Constitutional Patriotism and the Public Sphere: Interests, Identity, and Solidarity in the Integration of Europe. International Journal of Politics, Culture, and Society. June 2005, Volume 18, Issue 3-4, pp 257-280.

CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 4. Ed. São Paulo: EDUSP, 2003. --------. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Rio de Janeiro: UFRJ, 2005.

CHERNILO, D. A Social Theory of the Nation-State. The Political Forms of Modernity Beyond Methodological Nationalism. London, Routledge, 2007.

COSTA, S. Dois Atlânticos. Teoria social, anti-racismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006.

EVANS, P. Is an Alternative Globalization Possible? Politics & Society, Vol. 36, nº 2, June 2008.

FEATHERSTONE, M. (Org.). Cultura Global. Nacionalismo, globalização e modernidade. Petrópolis: Vozes, 1999.

FERRARIS, A.O. La ricerca dell’identità. Come nasce, come cresce, come cambia l’idea di sé. Florença: Giunti, 2007.

FRASER, N. From Redistribution to Recognition? Dilemmas of Justice in a Post-Socialist Age. New Left Review, London, n. 212, p. 68-93, 1995. FRASER, N. & HONNETH, A. 2003. Redistribution or Recognition? A Philosophical Exchange. London: Verso.

FRIEDMAN, J. (2001). Identidad cultural y proceso global. Buenos Aires, Editorial Amorrourtu. FRIEDMAN, J. & RANDERIA, S., eds. Worlds on the Move: Globalization, Migration, and Cultural Security. Londres/Nova Iorque, I. B. Tauris, 2004.

GEERTZ. O mundo em pedaços: cultura e política no fim do século. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p.191-228. GUIBERNAU, M. & HUTCHINSON, J. (Org.). Understanding Nationalism. Cambridge: Polity, 2011. ------. History and National Destiny. Nations and Nationalism 10 (1/2), 2004, 1–8.

GUIBERNAU, M. La identidad de las naciones, Ariel: Barcelona, 2009. ------. Nationalisms: The Nation-State and Nationalism in the 20th Century. Cambridge, Polity, 1996. ------. Nations without States: Political Communities in a Global Age. Cambridge, Polity, 1999.

HALL, S. & DU GAY, P. (Org.). Cuestiones de identidad cultural. Buenos Aires: Amorrortu, 2003.

HARDT & NEGRI. Império. Rio de Janeiro, Record, 2001.

HARVEY, A condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1993.

HELD & MCGREW. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

HELD, D. Regulating Globalization? The Reinvention of Politics. International Sociology, June 2000, 15: 394-408.

HIMANEN, P. La ética del hacker y el espíritu de la era de la información. Buenos Aires, Ediciones Destino, 2002.

HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.

HOBSBAWM, E. J. La fine della cultura. Saggio su un secolo in crisi di identità. Milão, BUR, 2014. -------. Identity Politics and the Left. New Left Review, nº 217, 1996, p. 38-47. -------. Ethnicity, Migration and the Validity of the Nation-State, in M. Walzer (ed.), Toward a Global Civil Society. Oxford, Berghahn Books, 1998.

HONNETH, A. The Fragmented World of Social: Essays in Social and Political Philosophy. New York: New York State University, 1995. ---------. Capitalismo e riconoscimento. Firenze: Firenze University Press, 2010.

HOURS, B. & SELIM, M. Anthropologie de la globalisation. Paris: L’Harmattan, 2010.

JAMES, P. W. Globalism, Nationalism, Tribalism. Bringing Theory Back In. London, Sage, 2006.

JAMESON, F & ZIZEK, S. Estudios Culturales: Reflexiones Sobre el Multiculturalismo. Buenos Aires, Paidós, 1998.

KALDOR, M. Nationalism and Globalisation. Nations and Nationalism 10 (1/2), 2004, 161–177.

KAUFMANN, J.-C. Ego. Pour une sociologie de l’individu. Paris, Hachette, 2004. -------. L’invention de soi. Una théorie de l’identité. Paris, Armand Colin, 2004.

KIMLICKA, W. Multicultural citizenship. A liberal theory of minority rights. Oxford University Press, 1995.

LANZILLO, M. L. Il Multiculturalismo. Roma-Bari, Laterza, 2005.

LEVY, P. Cibercultura. La cultura de la sociedad digital. Barcelona, Editorial Anthropos y Universidad Autónoma Metropolitana, 2007.

MAFFESOLI (2004). El tiempo de las tribus. El ocaso del individualismo en las sociedades posmodernas. México, Editorial Siglo XXI.

MARTUCCELLI, D. Grammaires de l’individu. Paris, Gallimard, 2002.

MATTELART, A. Diversidad Cultural y Mundializacion. Barcelona, Paidós, 2006.

MBONDA, E.-M. Justice ethnique. Identites ethniques, reconnaissance et representation politique. Québec, Les Presses de l’Université Laval, 2009.

MEER, N. Citizenship, Identity and the Politics of Multiculturalism. The Rise of Muslim Consciousness. Nova Iorque, Palgrave Macmillan, 2010. MENDONÇA, R. F. 2009. A dimensão intersubjetiva da auto-realização: em defesa da teoria do reconhecimento. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 24, pp. 143-154.

MEYER, John W. Globalization: Sources and Effects on National States and Societies. International Sociology June 2000 15: 233-248.

NOGUEIRA, M. A. Em defesa da política. 2ª ed. SP, Editora Senac, 2005. --------. Potência, limites e seduções do poder. SP, Editora UNESP, 2008. NYE. Power in the Global Information Age. From realism to globalization. Routledge, 2004.

PHILLIPS, A. Multiculturalism without Culture. Princeton University Press, 2009.

ROBINSON, W. Gramsci and Globalisation: From Nation-State to Transnational Hegemony. Critical Review of International Social and Political Philosophy, Vol. 8, No. 4, 1–16, December 2005.

ROSA, H. Aliénation et accélération. Vers une theorie critique de la modernité tardive. Paris, La Découverte, 2014.

SASSEN, S. Territory and Territoriality in the Global Economy. International Sociology June 2000 15: 372-393.

SEMPRINI. A. Multiculturalismo. Bauru, Edusc, 1999.

TAYLOR, C.1992. El multiculturalismo y “la política del reconocimiento”. México: Fondo de Cultura Económica. --------. A Política do reconhecimento. In Argumentos Filosóficos. São Paulo: Loyola, 2000.

TILLY, C. 2003. The Politics of Collective Violence. Cambridge, U.K.: Cambridge University Press.

TOMLINSON, J. Globalization and Culture. The University of Chicago Press, 1999.

VAN DER PIJL, K. Nomads, Empires, States. London, Pluto, 2007.

WALKER, R. B. J. Inside/Outside: International Relations as Political Theory. Cambridge University Press, 1993.

WALLERSTEIN, I. O Universalismo Europeu: a retórica do poder. São Paulo: Boitempo, 2007.

WALZER, M. Da Tolerância. São Paulo, Martins Fontes, 1999.

WILHELM. Democracy in the digital age. Challenges to political life in cyberspace. New York, Routledge, 2000.

WILLIAMS, R. Palabras Clave. Un vocabulario de la Cultura y la Sociedad. Buenos Aires, Nueva Visión 2000.

bottom of page