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2012

Katiuscia Moreno Galhera Espósito

08/08/2012, 14h00, Sede
Tema de pesquisa: Transnacionalização das relações de trabalho: o caso da maquilaestadunidense Johnson Controls (plantas FINSA e Interiores) e o papel da Federação Internacional de Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas (FITIM)

Orientador: Tullo Vigevani.
Banca: Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho, Ericson Crivelli e Reginaldo Moraes.
Resumo: A internacionalização das empresas se fortaleceu a partir da década de 1970. Ao longo de tal processo, na era “pós-fordista” ou da “acumulação flexível”, as cadeias produtivas das multinacionais se tornaram crescentemente descentralizadas, intensificando a divisão internacional do trabalho já existente. Assim, por exemplo, trabalhadores no Paquistão, enfrentando baixos salários e ambiente pouco propício à sindicalização, contribuem, ainda que não intencionalmente, para o aumento da desigualdade de renda no mundo. Os sindicatos, por seu turno, têm testemunhado a queda geral dos níveis de sindicalização e a constante desregulamentação do trabalho, que, por sua vez, têm afetado inclusive os direitos historicamente conquistados por trabalhadores de países onde o “diálogo social” é considerado avançado, como na Alemanha. Afinal, não interessa às empresas o emprego de mão-de-obra cara, com os altos custos da seguridade social alemã, quando operários paquistaneses podem fazer o mesmo trabalho a custos menores. Uma das estratégias dos sindicatos frente a esses processos é a atuação em nível transnacional, através de redes de informação, comunicação e mobilização globais. O objetivo da presente dissertação é compreender essas formas de organização sindical que atuam no plano transnacional: as Federações Sindicais Internacionais (FSIs), também conhecidas como Global Union Federations (GUFs). Mais especificamente, o exame será realizado sobre a internacionalização da campanha dos trabalhadores mexicanos em duas plantas (FINSA e Interiores) de uma maquila estadunidense, a Johnson Controls, e sobre o papel da Federação Internacional dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica (FITIM) nesse processo. Examinaremos os estudos de caso sob a luz da literatura que trata de Teoria Crítica, sindicalismo transnacional, pós-fordismo/acumulação flexível, redes sociais e o papel do Estado. Ao final esperamos demonstrar a ação das redes internacionais de sindicatos e seus resultados nos dois loci propostos.

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Aline Pavan dos Santos

10/12/2012, 11h00, Sede
Tema de pesquisa: As relações Brasil-Estados Unidos no Governo Clinton: a intersecção entre o debate teórico e a análise de política externa nas Relações Internacionais
Orientador: Luís Fernando Ayerbe
Banca: Clodoaldo Bueno e Flávio Rocha de Oliveira (Unifesp)
Resumo: A década de 1990 representa um marco no Sistema Internacional pelo fim da bipolaridade que atingiu tanto as potências como os países que pertenciam ao Terceiro Mundo. Neste contexto, pretende-se destacar o estudo das relações Brasil x EUA a fim de identificar os elementos da agenda de cada um dos países isoladamente e a projeção destes nas relações bilaterais. De modo complementar propõe-se uma incursão sobre as teorias de relações internacionais desenvolvidas à época a fim de verificar se as abordagens que surgem neste período são capazes de fundamentar solidamente a constituição do Sistema Internacional neste novo momento, bem como, as relações dos países destacados para estudo.

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Ana Carolina de Angelo Camargo

28/11/2012, 10:00, Sede
Tema de pesquisa: Wilsonismo e mudanca: analise da abordagem wilsoniana na política externa das administracões Bill Clinton e George W. Bush
Orientador: Reginaldo Mattar Nasser
Banca: Carlos Gustavo Poggio Teixeira (FAAP); Paulo Pereira (PUC)
Resumo: O fim da Guerra Fria provocou questionamentos sobre a ordem internacional e a posição dos Estados Unidos, em particular. Ao fim do conflito, os EUA possuíam uma superioridade militar e política como nenhum outro Estado tivera ao longo da história. Assim, durante esse período, ressurgiu o antigo desejo norte-americano de remodelamento da ordem à sua imagem e semelhança, ou seja, a promoção de seus valores pelo mundo. Nesse sentido, os dois primeiros presidentes eleitos após o fim da Guerra Fria, Bill Clinton e George W. Bush, retomaram a abordagem wilsoniana para a política externa dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o descongelamento das tensões políticas globais e regionais e a ausência da influência bipolar possibilitaram o surgimento de inúmeros problemas nos mais diversos cantos do globo. Nem todos estavam diretamente relacionados à estabilidade do sistema, mas que mesmo assim ofereceram desafios na abordagem de política externa dos Estados Unidos. Assim, o presente trabalho procura, a partir da leitura de diversos textos escritos sobre o período, fazer uma analise sobre a utilização do wilsonismo ao longo desses governos, enfatizando dois momentos distintos: a estratégia do engajamento e expansão no governo Clinton e a doutrina Bush. A analise pretendida na pesquisa procura demonstrar que apesar das diferenças, os dois presidentes utilizaram a abordagem para o mesmo fim: justificar sua atuação em política externa. A pesquisa também apresenta as discussões em torno do conceito de wilsonismo, tendo como base suas características mais fundamentais. Por fim, procurou-se apresentar os desafios à abordagem wilsoniana em um mundo ainda em transformação.

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Priscila Rodrigues Pereira

27/8/2012, 9:30, IFCH / Unicamp
Tema de pesquisa: O Congresso Nacional e a Política de Defesa do Brasil
Orientador: Shiguenoli Miyamoto 
Banca: Suzeley Kalil Mathias e Paulo Cesar Manduca
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo central analisar o comportamento do Poder Legislativo em cinco importantes momentos do processo de institucionalização da política de defesa do Brasil: (i) a aprovação da primeira versão da Política de Defesa Nacional; (ii) a criação do Ministério da Defesa; (iii) a aprovação da segunda versão da Política de Defesa Nacional; (iv) a aprovação da Estratégia Nacional de Defesa; e (v) a aprovação da Lei Complementar nº 136 de 2010 que, entre outros pontos, determina a criação do Livro Branco de Defesa Nacional. Tal processo abrange os mandatos dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva (1995 a 2010).

Além da descrição de cada um dos momentos citados acima, é abordada a atuação do país na agenda de segurança regional e internacional e são levantados os meios disponíveis ao Congresso Nacional para efetivar sua participação na formulação de política de defesa.

Os processos de aprovação de cada uma das políticas e leis são relatados de forma a proporcionar uma visualização da capacidade ou não que o Poder Legislativo tem para alterar matérias que em geral foram propostas pelo Poder Executivo.

Por fim, o estudo identifica como o avanço na participação do Poder Legislativo em assuntos de política de defesa foi tímido, porém importante por significar um aumento de representatividade popular no tema.

Palavras-chave: Brasil.Congresso Nacional; Estratégia Nacional; Política de Defesa Nacional.

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Cíntia Ribeiro de Araújo

20/8/2012, 10 h, sede do Programa
Tema de pesquisa: O genocídio de Ruanda e a dinâmica da omissão Estadunidense
Orientador: Suzeley Kalil Mathias
Banca: Pio Penna Filho e Samuel Alves Soares
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar os motivos que impediram a intervenção dos Estados Unidos no Genocídio de Ruanda, em 1994. A inação da comunidade internacional diante do conflito gerou grande constrangimento e profundos debates acerca da seletividade nas questões de intervenção humanitária. A proposta da pesquisa é discutir como a partilha da África interferiu nas relações da população de Ruanda durante o período colonial, que acabou por culminar no conflito de 1994 e, posteriormente, como a falta de ação dos Estados Unidos permitiu a continuação dos massacres dos tutsis pelos hutus. Pretende-se avaliar se a omissão ocorreu porque Ruanda é um país cujo interesse estratégico e econômico é praticamente inexistente.

Palavras-chave: Genocídio, Ruanda, Intervenção, Omissão, Estados Unidos.

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Arthur Welle

16/8/2012, 14h00, Sede
Tema de pesquisa: Adaptação e uso de ferramenta de visualização para o estudo do conjunto de tratados entre os membros da ONU.
Orientador: Reginaldo Moraes
Banca: Shiguenoli Miyamoto e Cecília Carmen Pontes
Resumo: O presente projeto consiste numa pesquisa exploratória centralizada sobre os padrões gerais do conjunto de tratados registrados pelo Secretariado das Nações Unidas seguindo as atribuições do Artigo 102 da Carta de fundação da entidade. Especificamente pretende adaptar e aplicar em tal conjunto ferramentas de visualização gráfica apoiadas por computador, que visam à exploração, descoberta e comunicação de fatores relevantes para o estudo das Relações Internacionais. As ferramentas permitem a manipulação das variáveis presentes neste banco de dados tais como datas, atores e assuntos dos tratados. As representações visuais geradas, por sua vez, permitem a análise de diferentes dimensões deste conjunto, tais como a distribuição temporal, espacial e qualitativa de uma seleção de tratados escolhida pelo usuário. Isto permite que padrões antes escondidos possam ser trazidos a tona. Também tem papel central nesta pesquisa uma discussão dos limites de tal ferramenta, elencando e discutindo os procedimentos e características que podem influenciar o resultado final da análise.

Palavras-chave: Nações Unidas, Tratados, Visualização, Relações Internacionais, Epistemologia.

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Kelly de Souza Ferreira

7/8/2012, 09:00, IFCH/Unicamp
Tema de pesquisa: China e a Ásia Central: petróleo, segurança e os Estados Unidos
Orientador: Sebastião Velasco e Cruz
Banca: Alexandre Ratsuo Uehara e Igor Fuser
Resumo: Nas últimas duas décadas, os americanos aumentaram substancialmente sua presença na Ásia Central. Essa presença deixou a China em uma posição desconfortável. A China busca construir um ambiente estável e pacífico ao seu redor. Tendo sob sua influência todos os países da Ásia Central. Uma das formas utilizadas pelos chineses para se aproximar dos países dessa região é por meio do petróleo. As companhias de petróleo chinesas compram direitos de exploração de reservas ou indústrias de petróleo e gás natural na Ásia Central e por meio destas estabelece e aprofunda os laços de amizade com esses países. Essa prática ficou conhecida como diplomacia do petróleo. Essa nova ferramenta do governo chinês tem um duplo efeito, aumenta a projeção chinesa e dilui a influência americana na região. Algo que desagrada os Estados Unidos, e, por sua vez, busca ser ainda mais presente na Ásia Central. A hipótese principal a ser trabalhada nesta pesquisa é como a diplomacia do petróleo, aumenta a influência chinesa na Ásia Central e dilui o poder americano na região. E como os Estados Unidos usa sua presença na Ásia Central e nas rotas marítimas de transporte de petróleo para conter a expansão chinesa.

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Kelly da Rocha Gomes

30/7/2012, 14:00, Sede
Tema de pesquisa: UNASUL mais do mesmo? As dimensões do processo de integração sul-americano?
Orientador: Profº Dr. Samuel Alves Soares
Banca: Profª Drª Flavia Campos de Mello e Profº Dr. Marcelo Passini Mariano
Resumo: Os processos de integração regional sul-americano são resultado demodelos de integração intergovernamental dos quais a questão supranacional nãovem obtendo grande espaço. As dificuldades em se oferecer concretudes aosprocessos foram significativas, uma vez que os países envolvidos, nãodemonstravam comprometimento com iniciativas que não fossem autocentradas e aofato dos modelos de integração privilegiarem questões materiais. Ao longo dosanos os processos têm avançado com baixo aprofundamento e o ritmo não seadequou às necessidades da região, ou seja, atenuar as assimetrias estruturaise políticas dos Estados nacionais. Muito destes obstáculos devem-se a situaçõesinternas críticas, a principal delas a baixa institucionalização, que nãoproduz mecanismos capazes de absorver as demandas nacionais o que por sua vezreduz os estímulos para o aprofundamento das políticas institucionais dasorganizações construídas. Com o intuito de transformar este cenário regional ealicerçado por um novo paradigma integracionista sul-americano, surge a Uniãodas Nações Sul-americanas (UNASUL), um projeto que busca criar um espaçoregional integrado no âmbito político, social, ambiental e infraestrutura, masque ainda é um projeto de estrutura institucional em construção.

Palavras-chaves: UNASUL, institucionalização e integração regional.

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Jefferson dos Santos Estevo

26/6/2012, 9:00, Sede
Tema de pesquisa: A Política Externa do Presidente Lula da Silva no âmbito das Mudanças Climáticas 2003- 2009.
Orientador: Enrique Amayo Zevallos
Banca: Suzeley Kalil Mathias e Petrônio de Tílio
Resumo: Resumo: As negociações internacionais no âmbito das mudanças climáticas ganharam nos últimos anos um destaque cada vez maior. Há preocupações com crescentes catástrofes ambientais no planeta, que causam impactos globais. Os esforços internacionais para frear a mudança do clima se realizam demtro do arcabouço político das Nações Unidas (ONU), com a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima (CQMC). O Brasil ao longo dos anos teve papel importante nas negociações, sendo país sede da criação da convenção, durante a Rio-92. Nos últimos anos do governo de Lula da Silva, ocorreu uma retomada das políticas climáticas internas e também a continuidade de uma participação efetiva nas negociações internacionais. Durante a Conferência de Copenhague, O Brasil assumiu metas de reduções de emissões, porém voluntárias. No entanto, o país sempre fora contrário a possuir tais metas. O tema central de nossa pesquisa se encontra em analisar a evolução da política externa brasileira nas negociações globais sobre mudança do clima. Busca-se o entendimento do conjunto de fatores, internos e externos, que influenciaram para a evolução da política externa brasileira climática.

Palavras- chave: Mudanças Climáticas, Brasil, Política Externa e Lula da Silva.

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Carolina Ferreira Galdino

25/6/2012, 14:00, Sede
Tema de pesquisa: Nasce um Estado: a construção do Timor Leste
Orientador: Suzeley Kalil Mathias
Banca: Samuel Alves Soares (PPGRI e Unesp/Franca) e Cristiano Morini (Faculdade de Ciências Aplicadas/Unicamp)
Resumo: A República Democrática do Timor Leste é um pequeno país de colonização portuguesa localizado na Ilha Timor, no Sudeste Asiático. Conquistou sua independência em 1975, mas foi invadido em seguida pela Indonésia e permaneceu sob ocupação durante 24 anos, o que jamais foi aprovado pela ONU. Atribui-se ao apoio ilimitado dos EUA, cujo objetivo alegado era conter o avanço do comunismo na região, a longevidade do domínio indonésio. Respondendo ao novo cenário internacional representado pela dissolução do bloco soviético, a ONU coordenou, em 1999, o plebiscito que garantiria ao Timor Leste sua independência, fazendo dele o primeiro novo Estado do século XXI. O objetivo deste trabalho é historiar este processo, considerado uma intervenção humanitária sob a bandeira da ONU, ressaltando nele o papel desempenhado pelas instituições multilaterais na edificação e conservação do Estado leste-timorense.

Palavras-Chave: Timor Leste; Cooperação Internacional; Quase - Estados; Construção de Estados.

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Ana Paula Lage de Oliveira

12/6/2012, 16:30, Sede
Tema de pesquisa: A segurança através do espelho convexo das Américas: percepções, imagens e interesses na conformação de uma identidade em Defesa.
Orientador: Héctor Luis Saint Pierre 
Banca: Samuel Alves Soares e Antonio Jorge Ramalho da Rocha
Resumo: O trabalho analisa as relações de segurança e defesa na América do Sul a partir de uma perspectiva de complementaridades das Relações Internacionais. Entendendo que as relações entre os atores remetem a um conjunto de espelhos convexos sobre cujas superfícies se movimentam as imagens refletidas por eles, ocorrendo a interposição de três eixos – sensibilidade, comunição e sociabilidade – e, portanto, a combinação entre imagens e percepções que, uma vez comunicadas e interpretadas, fazem existir as interações entre os atores do sistema, primordialmente os Estados. Dessa forma, destacamos a relevância dos fatores intersubjetivos na fomulação de políticas, em outras palavras, como interesses, identidades, imagens e percepções influenciam a construção de conceitos, estruturas e comportamentos que pautarão as relações cooperativas entre os países, e vice-versa. Essa dinâmica aplicada à área da segurança, acreditamos, fornece uma base coerente com a qual podemos explicar a arquitetura das instituições multilaterais cooperativas no campo e, em especial, a alternância de níveis de abrangência (regional e micro regional) da integração a partir da perspectiva brasileira. Trabalhamos sob a hipótese de que há um descompasso entre as concepções monolíticas basilares dos mecanismos cooperativos de segurança e defesa da região das Américas e os objetivos declarados pela retórica e pelos documentos fundadores, o que poderia minar os trabalhos políticos das instituições e a própria identidade que se tenta forjar nesse campo, mas que, por outro lado, possibilitou a diferenciação do processo sul-americano. Objetivamos expor os elementos necessários à conformação de uma identidade sub-regional em segurança e à construção de uma comunidade integrativa com um sentido coeso na América do Sul e mostrar em que medida a identidade em defesa é entendida em termos de segurança. Ressaltamos a importância do Brasil como articulador de concepções e de políticas que instigam a construção de uma comunidade de segurança e de uma identidade, conforme se apresentam nas retóricas das autoridades, projetando uma imagem de coesão por meio da história de sua política externa.

PALAVRAS-CHAVE: Segurança, espelhos, percepção, imagem, identidade, Américas, América do Sul.

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Patrícia Vilarinho Tambourgi

17/5/2012, 14:00, PUC/SP
Tema de pesquisa: O Brasil e a assistência humanitária internacional: prática, discurso e tendências

Orientador:  Flávia de Campos Mello
Banca: Reginaldo Mattar Nasser e Rossana Rocha Reis
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem por objeto a prática brasileira de assistência humanitária internacional. Dois são os objetivos. Em primeiro lugar, visa-se a sistematizar os escassos dados até agora disponíveis sobre as práticas brasileiras de assistência humanitária internacional. Em segundo lugar, pretende-se analisar os dados existentes entre os anos de 2006 e 2010, a fim de tentar identificar características e tendências no perfil que vem se delineando do Brasil como país doador. A escolha do tema justifica-se pela relativa ausência de material disponível sobre a atuação do país nessa área. A pesquisa se fundamentou em levantamento documental dos seguintes referenciais bibliográficos: (i) fontes oficiais do governo brasileiro; (ii) resoluções de organizações internacionais; (iii) declarações multilaterais; (iv) artigos e livros acadêmicos que abordam o conceito e a prática de assistência humanitária; (v) reportagens; (vi) dados sobre assistência humanitária brasileira presentes em think-tanks e fundos humanitários; e (vii) entrevista. A partir da sistematização e da análise dos dados, concluiu-se que o Brasil é um doador “emergente” de assistência humanitária, cuja prática apresenta algumas tendências, quais sejam, o aumento de recursos, diversificação de parcerias, preferência por relação do tipo Sul-Sul e predominância de ações na região da América Latina e Caribe. À guisa de conclusão, sugere-se também que as práticas ainda não configuram política uniforme, dado o curto período de tempo analisado e a não existência de caráter sistemático das ações.

Palavras-chave: assistência humanitária; política externa brasileira; governo Lula; doadores “emergentes”; cooperação Sul-Sul.

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Paola Gonçalves Rangel do Prado Juliano

11/5/2012, 14:00,
Tema de pesquisa: De Bush a Jack Bauer: a segurança como obsessão nos Estados Unidos após o 11 de setembro
Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Nogueira
Banca: Prof. Dr. Luis Fernando Ayerbe e Prof. Dr. Antônio Pedro Tota 
Resumo: Este trabalho trata da política de segurança dos Estados Unidos da América (EUA) após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e tem como objeto de pesquisa a influência da mídia, em especial da série 24 Horas na aprovação e legitimação da Doutrina Bush. O objetivo geral da pesquisa é verificar as questões e fatores que propiciaram a aprovação da política antiterrorista, e mais especificamente, apresentar a formulação da guerra ao terror como resultado de uma série de fatores políticos e sociais. Pretende-se verificar a evolução da política de segurança dos EUA e entender de que maneira a mídia criou um ambiente que propiciou a aceitação de uma política extrema que dificilmente seria aprovada em tempos normais. Além disso, buscar-se-á apontar que a série 24 Horas, famosa pela abordagem contraterrorista, apresentou ao público uma resposta ao trauma sofrido pelos ataques, colocando-o de frente com o problema a cada episódio. O episódio inicial, que estreou dois meses depois do 11 de setembro, abordava de maneira dramática e explícita o terrorismo. Após o sucesso inicial, continuou por mais oito temporadas de grande audiência. O argumento central deste trabalho é que a análise sistemática de uma produção midiática de sucesso contribui para o entendimento do estado tenso e inseguro que os americanos viveram após setembro de 2001 e que os canais de comunicação foram essenciais para a política antiterror ser legitimada – a Doutrina Bush. 24 Horas auxiliou a criar o ambiente de terror e insegurança que marcou os EUA e o mundo depois do 11/09.

Palavras-chave: Política de Segurança dos EUA; Doutrina Bush; mídia; terrorismo; Série 24 Horas.

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Paulo Daniel Watanabe

20/3/2012, 10H00, Unicamp
Tema de pesquisa: Segurança e Política Externa do Japão no Pós-Segunda Guerra Mundial
Orientador: Prof. Dr. Shiguenoli Miyamoto 
Banca: Profa. Dra. Suzeley Kalil Mathias e Prof. Dr. César Augusto Lambert de Azevedo (FACAMP)
Resumo: Após render-se em 15 de agosto de 1945, dando fim à Segunda Guerra Mundial, o Japão se encontrava destruído economicamente e fisicamente, ficando sujeito a sete anos de ocupação dos Aliados (liderada pelo General norte-americano MacArthur). Ao início da Guerra Fria, foram assinados em 1951 o Acordo de Paz de São Francisco e o Acordo de Segurança Japão-EUA. Dessa maneira, as Forças de Ocupação lideradas pelos norte-americanos deixaram o Japão, que teve sua soberania restaurada em 28 de abril de 1952, quando o Acordo de São Francisco passou a vigorar. Em seqüência, o país serviu de bases norte-americanas para garantir o domínio e a presença dos EUA na região Ásia-Pacífico, em troca da segurança de seu território. O presente trabalho procura analisar a forma como se construíram a política externa e a de segurança do Japão, assim como a sua projeção internacional. Verificar-se-á, como resultado, se houve ou não mudanças de comportamento nessas áreas.

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Policarpo Oscar Fontes

15/3/2012, 15:30, Sede
Tema de pesquisa: O processo da integração regional na SADC - Desafios e Limites para o Aprofundamento da Integração Regional (2001-2010)
Orientador: Luis Fernando Ayerbe
Banca: Tullo Vigevani e Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho
Resumo: O presente trabalho pretende refletir sobre o processo da integração regional na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Abordamos os desafios e limites para o aprofundamento da integração, no período que vai desde a reestruturação da SADC em 2001 até à dificuldade de estabelecimento da união aduaneira em 2010. Durante esse período, o processo de integração regional progrediu lentamente e não houve distribuição igual de ganhos no bloco. Argumentamos que os principais obstáculos para o aprofundamento da integração foram: à múltipla filiação dos estados membros da SADC aos diversos blocos regionais, as barreiras comerciais bem como a falta implementação dos acordos regionais.

Palavras-chaves: SADC, Integração regional, novo regionalismo, múltipla filiação, África Austral, aprofundamento da integração.

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Laís Forti Thomaz

28/2/2012, 16h00, Sede
Tema de pesquisa:  A influência do lobby do etanol na definição da política agrícola e energética dos EUA (2002-2011)
Orientador: Tullo Vigevani 
Banca: Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC/SP) e Janina Onuki (USP)
Resumo: A forma como os atores domésticos defendem seus interesses econômicos pode influenciar o comércio internacional. Sob tal perspectiva de análise, esta dissertação tem por objetivo demonstrar como os lobistas dos produtores de etanol influenciaram a definição da política agrícola e energética dos Estados Unidos durante a última década. Com base no modelo de dois níveis proposto por Robert Putnam, foram identificados os grupos ligados à cadeia produtiva do etanol, bem como mapeadas as estratégias adotadas por eles para fazer valer seus interesses tanto na arena eleitoral como nas arenas decisórias dos poderes Executivo e Legislativo. As evidências sugerem que o lobby do etanol utilizou recursos financeiros e canais de influência para pressionar os membros do Congresso dos EUA a aprovarem leis que concedessem benefícios setoriais na forma de subsídios. A estratégia dos lobistas do etanol se revelou eficiente, uma vez que no período estudado foram aprovadas peças legislativas que atenderam às suas reivindicações. Por outro lado, o sucesso dos produtores americanos de etanol em suas iniciativas produziu distorções para o comércio internacional de produtos agrícolas, prejudicando países em desenvolvimento como o Brasil.
Palavras-chave: Lobby; Etanol; Política de energia; Política agrícola; Estados Unidos.

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